domingo, 1 de fevereiro de 2009
WG: Wohngemeinschaft!
Munique é a cidade mais cara de se viver na Alemanha. Os valores dos alugueis são absurdos. Achei que seria mais fácil arranjar um lugar para ficar por aqui, mas não foi. Os estrangeiros não se juntam, ficam em casa de família. Os brasileiros que fazem universidade moram em alojamentos exclusivos. Me sobrou uma alternativa: o WG.
WG é abreviatura para Wohngemeinschaft, traduzindo porcamente: uma república. Jovens de toda Alemanha (ou do resto do mundo) que vem pra cá estudar/trabalhar/pesquisar/vagabundiar alugam um apartamento juntos e montam as repúblicas. Quando alguém sai para voltar para sua terrinha, um quarto fica vago. E esse quarto é anunciado em alguns sites especializados (eu usei o wg-gesucht.de). Daí você liga interessado, se candidata e espera a decisão da cúpula.
O problema é que a demanda é muito maior do que a oferta. Lembra da teoria oferta x demanda que você aprendeu aquele dia? Então, a concorrência é grande e alguns já te descartam por ser por um período curto (Zwischenmiete) ou por ser brasileiro (apesar de não justificar desta forma).
Dei sorte e consegui um logo de cara, de primeira. Vou morar com um alemão.
Traduzindo (livremente, não ao pé da letra, me poupem) a tirinha a cima:
1. Meu Deus! Acabou a cerveja!
2. E quem foi o idiota que deixou essa louça suja aqui?
3. Como eu fui? / Nada mal. Nós faremos contato. (Mesa: juri dos novos moradores).
E na escola toda semana tem gente chegando e gente indo embora. É bom por quê você conhece muita gente diferente do mundo inteiro. Mas é ruim por quê as amizades que você vai fazendo vão indo embora e você fica. Aliás, que bom que eu fico.
Auf Wierdersehen!
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